Propomos uma dinâmica por meio da divulgação de leituras e do escoamento de experiências nessa esfera, disseminando resultados dignos de serem compartilhados. Espaço voltado a estabelecer um vínculo além das fronteiras das salas de aula. Ambiente inacabado por natureza, pois requer acima de tudo, dialogar com alunos, professores e outros segmentos que queiram usufruir desse universo, fortalecendo relações profícuas, convidando leitores, promovendo registros de impressões e contaminando por meio do olhar, novas gerações leitoras.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

ATENÇÃO: 1º E    " O Nome da Rosa"



Estranhas mortes começam a ocorrer num mosteiro beneditino localizado na Itália durante a baixa idade média, onde as vítimas aparecem sempre com os dedos e a língua roxos. O mosteiro guarda uma imensa biblioteca, onde poucos monges tem acesso às publicações sacras e profanas.
A chegada de um monge franciscano (Sean Conery), incumbido de investigar os casos, irá mostrar o verdadeiro motivo dos crimes, resultando na instalação do tribunal da santa inquisição.

Resenha de "O Nome da Rosa"

A Baixa Idade Média (século XI ao XV) é marcada pela desintegração do feudalismo e formação do capitalismo na Europa Ocidental. Ocorrem assim, nesse período, transformações na esfera econômica (crescimento do comércio monetário), social (projeção da burguesia e sua aliança com o rei), política (formação das monarquias nacionais representadas pelos reis absolutistas) e até religiosas, que culminarão com o cisma do ocidente, através do protestantismo iniciado por Martinho Lutero na Alemanha em 1517.
Culturalmente, destaca-se o movimento renascentista que surgiu em Florença no século XIV e se propagou pela Itália e Europa, entre os séculos XV e XVI. O renascimento, enquanto movimento cultural, resgatou da antigüidade greco-romana os valores antropocêntricos e racionais, que adaptados ao período, entraram em choque com o teocentrismo e dogmatismo medievais sustentados pela Igreja.
No filme, o monge franciscano representa o intelectual renascentista, que com uma postura humanista e racional, consegue desvendar a verdade por trás dos crimes cometidos no mosteiro. 
Frades no filme O Nome da Rosa
Cena do filme O Nome da Rosa

1. Contextualização

Discussão dos elementos formadores da cultura moderna, o surgimento do pensamento moderno, no período da transição da Idade Média para a Modernidade. 
O Filme
O Nome da Rosa pode ser interpretado como tendo um caráter filosófico, quase metafísico, já que nele também se busca a verdade, a explicação, a solução do mistério, a partir de um novo método de investigação. E Guilherme de Bascerville, o frade fransciscano detetive, é também o filósofo, que investiga, examina, interroga, duvida, questiona e, por fim, com seu método empírico e analítico, desvenda o mistério, ainda que para isso seja pago um alto preço. 
O Tempo
Trata-se do ano 1327, ou seja, a Alta Idade Média. Lá se retoma o pensamento de Santo Agostinho (354-430), um dos últimos filósofos antigos e o primeiro dos medievais, que fará a mediação da filosofia grega e do pensamento do início do cristianismo com a cultura ocidental que dará origem à filosofia medieval, a partir da interpretação de Platão e o neoplatonismo do cristianismo. As teses de Agostinho nos ajudarão a entender o que se passa na biblioteca secreta do mosteiro em que se situa o filme. 

Doutrina Cristã
Neste tratado, Santo Agostinho estabelece precisamente que os cristãos podem e devem tomar da filosofia grega pagã tudo aquilo que for importante e útil para o desenvolvimento da doutrina cristã, desde que seja compatível com a fé (Livro II, B, Cap. 41). Isto vai constituir o critério para a relação entre o cristianismo (teologia e doutrina cristã) e a filosofia e a ciência dos antigos. Por isso é que a biblioteca tem que ser secreta, porque ela inclui obras que não estão devidamente interpretadas no contexto do cristianismo medieval. O acesso à biblioteca é restrito, porque há ali um saber que é ainda estritamente pagão (especialmente os textos de Aristóteles), e que pode ameaçar a doutrina cristã. Como diz ao final Jorge de Burgos, o velho bibliotecário, acerca do texto de Aristóteles – a comédia pode fazer com que as pessoas percam o temor a Deus e, portanto, faz desmoronar todo esse mundo.

2. Disputa de Filosofia

Entre os séculos XII e XIII temos o surgimento da escolástica, que constitui o contexto filosófico-teológico das disputas que se dão na abadia em que se situa O Nome da Rosa. A escolástica significa literalmente "o saber da escola", ou seja, um saber que se estrutura em torno de teses básicas e de um método básico que é compartilhado pelos principais pensadores da época. 
2.1 Influência aos Pensamentos
A influência desse saber corresponde ao pensamento de Aristóteles, trazido pelos árabes (mulçumanos), que traduziram muitas de suas obras para o latim. Essas obras continham saberes filosóficos e científicos da Antigüidade que despertariam imediatamente interesses pelas inovações científicas decorrentes.  
2.2 Consolidação Política 
A consolidação política e econômica do mundo europeu fazia com que houvesse uma maior necessidade de desenvolvimento científico e tecnológico: na arquitetura e construção civil, com o crescimento das cidades e fortificações; nas técnicas empregadas nas manufaturas e atividades artesanais, que começam a se desenvolver; e na medicina e ciências correlatas. 
2.3 Pensamento Aristotélico
O saber técnico-científico do mundo europeu era nesta época extremamente restrito e a contribuição dos árabes será fundamental para este desenvolvimento pelos conhecimentos de que dispunham de matemática, de ciências (física, química, astronomia, medicina) e de filosofia. O pensamento agora (Aristotélico) será marcado pelo empirismo e materialismo.

3. A Época 

O enredo desenvolve-se na ultima semana de 1327, num monastério da Itália medieval. A morte de sete monges em sete dias e noites, cada um de maneira mais insólita - um deles, num barril de sangue de porco, é o motor responsável pelo desenvolvimento da ação. A obra é atribuída a um suposto monge, que na juventude teria presenciado os acontecimentos.
Este filme é uma crônica da vida religiosa no século XIV, e relato surpreendente de movimentos heréticos. Para muitos críticos, o nome da rosa é uma parábola sobre a Itália contemporânea. Para outros, é um exercício monumental sobre a mistificação.

4. O Título

A expressão "O nome da Rosa" foi usada na Idade Média significando o infinito poder das palavras. A rosa subsiste seu nome, apenas; mesmo que não esteja presente e nem sequer exista. A " rosa de então" , centro real desse romance, é a antiga biblioteca de um convento beneditino, na qual estavam guardados, em grande número, códigos preciosos: parte importante da sabedoria grega e latina que os monges conservaram através dos séculos. 


5. Biblioteca do Mosteiro

Durante a Idade Média umas das práticas mais comuns nas bibliotecas dos mosteiros eram apagar obras antigas escritas em pergaminhos e sobre elas escreve ou copiar novos textos. Eram os chamados palimpsestos, livretes em que textos científicos e filosóficos ma Antigüidade clássica eram raspados das páginas e substituídos por orações rituais litúrgicos.
O nome da rosa é um livro escrito numa linguagem da época, cheio de citações teológicas, muitas delas referidas em latim. É também uma crítica do poder e do esvaziamento dos valores pela demagogia,violências sexuais, os conflitos no seio dos movimentos heréticos, a luta contra a mistificação e o poder. Uma parábola sangrenta patética da história da humanidade
Baseado: No romance de mesmo nome de Umberto Eco. 
5.1 - Pensamento
O pensamento dominante, que queria continuar dominante, impedia que o conhecimento fosse acessível a quem quer que seja, salvo os escolhidos. No O nome da Rosa, a biblioteca era um labirinto e quem conseguia chegar no final era morto. Só alguns tinham acesso. É uma alegoria do Umberto Eco, que tem a ver com o pensamento dominante da Idade Média, dominado pela igreja. A informação restrita a alguns poucos representava dominação e poder. Era a idade das trevas, em que se deixava na ignorância todos os outros.

6. História

Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Considerando que ele não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado.
O ano é 1327. Representantes da Ordem Franciscana e a Delegação Papal se reúnem num monastério Beneditino para uma conferência. Mas a missão deles é subitamente ofuscada por uma série de assassinatos. Utilizando sua brilhante capacidade de dedução, o monge franciscano William de Baskerville (Sean Connery), auxiliado pelo seu noviço Adso de Melk (Christian Slater), se empenha para desvendar o mistério. Mas antes que William possa completar sua investigação, o monastério é visitado pelo seu antigo desafeto, o Inquisidor Bernardo Gui (F. Murray Abraham). O poderoso Inquisidor está determinado a erradicar a heresia através da tortura e se William, o caçador, persistir na sua busca, também se tornará caça. Mas à medida que Bernardo Gui se prepara para acender a fogueira da Inquisição, William e Adso voltam à biblioteca labirintesca e descobrem uma verdade extraordinária ...

Resumo de "O Nome da Rosa"

Do ponto de vista do filme que hoje está sendo abordado, notamos que a história passa em um mosteiro na Itália Medieval. A idade média assistiu, em sua agonia um grande debate Filosófico Religioso. Perdido o equilíbrio do tomismo, o homem medieval caiu em dois extremos opostos.
De um lado os humanistas racionalistas Frei Guilherme de Ockham, um édito moderno. Tais humanistas cultivaram o antropocentismo julgaram que graças Pa ciências e a técnica, o homem seria capaz de vencer todas as misérias do mundo, até criar uma era de grande prosperidade material e de completa felicidade natural.
De outro lado místicos com visão extremamente pessimista da realidade. Para eles o mundo era intrinsecamente mau e irredimível por ser obra de um DEUS perverso, distinto da divindade. Acreditavam que a razão humana era má e só seria desejável perder-se no nada divino.
No mosteiro, sete monges morrem estranhamente, isto aborda muito a violência.
Há também uma violência sexual, no qual mulheres se vendem aos monges em troca de comida e muitas vezes depois são mortas.
Movimentos ecléticos do século XIV, a luta contra a mistificação, o poder, o esvaziamento de valores pela demagogia, são mostrados em um cenário sangrento sobre a política da historia da humanidade.

BiblIiografia

Filme: O Nome da Rosa , Globo Filmes e Produçoes
Livro: O Nome da Rosa, Autor.: Umberto Eco
Por: Kledson Bruno Camargo

17 comentários:

Bruna disse...

Bom eu gostei do filme 'O nome da Rosa ' pois retrata bem a época medieval do feudalismo e achei bem interessante e gostei do filme mais achei muito longo ..

Bruna Silva de Almeida N°07 1°E

Beatris disse...

O filme 'O nome da Rosa ' , eu achei bastante misterioso que guarda vários segredos mais bastante interessante.

Beatris Silva N°04 1°E

Anônimo disse...

Apesar de ter achado o filme "O nome da Rosa" um pouco confuso, ele não deixa a desejar, nos faz pensar e também aprender sobre o período em que se passa.

Izabela Magalhães N°15 1°E

Anônimo disse...

Achei um filme interessante, porém bastante confuso, pois trata de vários assuntos ao mesmo tempo .Os assassinatos, o mistério da biblioteca, é bastante sangrento também . Pude compreender melhor o teocentrismo, Porque eles eram centrados em Deus, tudo oque ocorria eles achavam que eram o final dos tempos, tudo era Deus .Ou se não eram as ''obras'' do demônio, onde ocorriam os assassinatos e eles colocavam sempre a culpa no mesmo . Pude entender o período histórico em que se passa , que percebemos que era bastante religioso. Percebi também que desde aquela época já havia a violência sexual, onde mulheres se vendiam aos monges , em troca de comida, hoje nos dias atuais chamamos isso de prostituição, porém vemos que desde o princípio isso já ocorria. Enfim, gostei do filme e aprendi com ele .

Luana Stéfany Machado Anhaia.

Nº23 1º E .

12 de Maio de 2014 20:33

Anônimo disse...

Gostei do filme "O nome da Rosa", ele contextualiza bem a Idade Media, alem de possuir um "ar" invertigativo e ter tocado no assunto da Igreja Catolica Cristã.

Guilherme Gerevini Nº10 1ºE

Luana Cartezzani disse...

Boa tarde, primeiramente o filme não me interessou muito como eu esperava.
Claro algumas partes são intrigantes, mais em maior parte em minha opinião os criadores deixaram muito a desejar.
Exceto nas partes que envolve investigação, a cultura, e o modo como cada um se tratava.

Luana Cartezzani N.22 1.Ano E

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Sobre o filme O nome da rosa ,achei muito interessante .Umas das coisas que mais me chamou atenção foi as misturas de gêneros como : investigação, romance, suspense .
O filme mostrando um modo de vida na idade media ,como as coisas eram difíceis e rigadas naquela época.

Steven Willian n°32 1°E

Anônimo disse...

Boa noite, bom eu gostei do filme"O nome da rosa" porque, o filme mostra o jeito de vida na idade media, as coisa eram mais complicada naquela epoca. gostei tambeim por que tinha jeito de investigativo e meio romance. Achei meio longo mais e bom o filme...



raquel pedrozo n° 30 1°E

Unknown disse...

O filme "O nome da Rosa" baseado no livro de Umberto Eco, sobre o período da idade média, a princípio não me agradou, porquê sempre odiei histórias medievais em geral, mas depois de assisti-lo e estudar sobre, comecei a me interessar.
É um filme educativo, onde retrata a vida em um mosteiro ao norte da Itália, em uma sociedade teocentrista, rumo ao movimento renascentista. Quando começou a acontecer diversos assassinatos, ligam esses acontecimentos ao Diabo, porém William de Baskerville e Adso von Melk descobrem a verdade, desmascarando o monge cego que envenenava as páginas do livro sobre comédia de Aristóteles. A igreja católica na época tinha o poder absoluto, e privava as pessoas do conhecimento, pois assim não perderiam seu poder, escondendo então uma biblioteca, abaixo do mosteiro.
O filme me cativou até o último momento, misturando romance com investigações. Na primeira vez que o assisti não consegui compreender o título, mas após pesquisar, descobri que naquela época a rosa era vista de diversas formas, achei uma entrevista onde Umberto Eco diz: "Um título deve confundir as ideias e não orientá-las" porém em outros sites relacionaram a rosa com a biblioteca.
Achei o filme realmente interessante e futuramente pretendo ler o livro.
Beatriz Magarotti nº05 1º E

Unknown disse...

O filme "O nome da Rosa" que se passa na idade média, é muito interessante apesar de ser antigo, é um filme cheio de mistérios que te prende ate o final ,pois é la que sao revelados todos os segredos.

Vinicius Souza n°37 1°E.

Anônimo disse...

gostei do por tratar muita bem como era a época em que a igreja dominava a economia, mostra também métodos de investigação, pois naquele tempo não havia muita tecnologia, assim os casos tinham que muito bem pensados,também é legal por mostrar como eram feitas as copias de livro e por quem eram feitas, há também mostrando como a igreja escondia a igreja a verdade dos fiéis

Anônimo disse...

evandro nº o9 1ºe

Anônimo disse...

Boa noite, o filme 'O nome da Rosa'; que se passa no período da idade média não me interessou muito, apesar de gostar muito de filmes medievais o filme não foi de acordo com o que eu imaginava.
Mas além de não ter me alegrado com o filme, ele me ajudou a entender melhor o movimento Renascentista e o que é uma sociedade Teocêntrica.
Eu não recomendo esse filme,porem, quem tem algum trabalho com algo relacionado a movimento Renascentista ou algo do tipo , Assista.

Thayná Rodrigues Nº34 1ºE

Anônimo disse...

O filme "O nome da Rosa" relata bem sobre aquele tempo, com muitas verdades sobre a igreja católica em tentar ser quem manda em tudo, os monges também estão sendo relatados exatamente como eram, é um bom filme para quem busca saber sobre o século 12.

Lucas Souza N°24 1°E

Anônimo disse...

Os famosos "ROLEZINHOS" ultimamente tem dado oque falar ,acho que na minha opinião ,nós adolescentes temos uma maneira diferente de expressão, mais acho que também não podemos generalizar porque alguns jovens vão apenas para se divertir e descontrair um pouco ,mas infelizmente sempre existe aqueles que gostam de bagunçar ,e assim causam tulmultos e brigas .
Leticia Oliveira n°21 1°E

Anônimo disse...

Gostei do por tratar muita bem como era a época em que a igreja dominava a economia, mostra também métodos de investigação, pois naquele tempo não havia muita tecnologia, assim os casos tinham que ser muito bem pensados,também é legal por mostrar como eram feitas as copias de livro e por quem eram feitas,há,também mostrando como a igreja escondia a verdade dos fiéis
Evandro Barros Coerreia nª09 1ºe